Este blog se propõe a falar de assuntos do esporte e do mundo, mas gosto de falar do esporte de alto-rendimento distante dos grandes centros do Brasil, sobretudo do futebol.
Há alguns dias o Ituano foi campeão paulista de futebol. Cento e noventa quilômetros dali o XV de Jaú, clube da minha cidade (um pouco menor que Itu), amarga péssima campanha na última divisão estadual. A equipe não é boa, pois não há dinheiro. Não há dinheiro porque não há bons jogos que atraiam torcedores, nem televisão para chamar atenção dos patrocinadores.
Vou aqui apontar alguns fatores que explicam o êxito do Ituano e o insucesso de equipes como o Noroeste, o XV de Jaú e o América (Rio Preto). Em primeiro lugar, gestores em uma escala hierárquica que vivem o dia-a-dia do alto-rendimento. Em segundo lugar, o orçamento (gasta o que se pode). Em terceiro lugar, um grande patrocinador que confia neste gestor e tem o retorno esperado. Em quarto lugar a continuidade do trabalho: o sucesso do CA Ituano não surgiu da noite pro dia. Juninho Paulista há anos está no clube da sua cidade natal. O mesmo destino terá o Mogi Mirim E. C. daqui alguns anos.
As equipes que citei no parágrafo acima e que não tiveram sucesso, perderam uma grande chance, como o Noroeste e o América, de Rio Preto, que tiveram grandes patrocinadores locais. Não é o caso do XV, cuja solução mais imediata é licenciar-se, fazer um balanço e retomar as atividades quando houver planejamento.
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