Existe no cotidiano do Brasil uma rivalidade tonta com a Argentina e em menor escala naquele País com o Brasil. Como se um fosse uma ameaça para o outro, como antes, nas Guerras do Prata ou da Província Cisplatina. Isso já era há muito tempo. Muitos deles vieram pra cá e contribuíram para a construção e grandeza do Brasil. Nomeamos? Pois bem: Hector Babenco, Irma Alvarez, Carybé. Nos esportes: Sebastian Cuattrin e Fernando Meligeni.
Nos esportes, sugiro vermos nossos vizinhos com bastante respeito e admiração. A cultura poliesportiva argentina nos dá a impressão de aquele País possuir números como os de países com altos níveis sócio-econômicos. Em quaisquer modalidades os vemos em destaque: tênis, golfe, basquete, voleibol (seleção juvenil atual campeã sulamericana), pugilismo, automobilismo (TC 2000 como uma das principais competições no mundo) e hóquei no campo.
Se o Brasil quer ser uma potência Olímpica (e, por consequência, em vários desportos), deve olhar logo ao lado. E já começaram. Grandes exemplos disso são o Rugby e o basquete. Nesta modalidade, Rubén Magnano – campeão Olímpico em 2004 – foi trazido para resgatar os dias gloriosos basquetebol Brasileiro. No Rugby, Toto Camardón tem levado as Seleções Brasileiras para níveis cada vez mais altos.
Quando indagados o por que de gostarem de trabalhar no Brasil com estas modalidades, respondem: “profissionalismo”. Ora, se sem profissionalismo a Argentina alcança bons resultados no esporte, imaginem então se houvesse. Para estas duas modalidades, é preciso mais ainda trabalharem para a difusão de uma cultura de muitos esportes no País.
Muita gente – nos esportes – não valoriza o que é estrangeiro, sobretudo argentino. Isso é característica de pessoas pequenas e medíocres. É preciso repensar estes conceitos, temos sempre muito para aprender: ver realmente quem está ao lado – literalmente e em sentido figurado – do Brasil.
Concordo com o que você escreveu. Sou entusiasta do futebol argentino e acho que, por mais que a rivalidade seja essencial para o crescimento do esporte, ela não pode chegar ao ponto de ignorar os avanços de cada país em determinadas modalidades.
Às vezes é difícil usar o exemplo do rival, mesmo que ele sirva para fazer com que o esporte cresça. E é uma pena, pois a mudança de mentalidade pode ser o passo inicial para a transformação de uma nação.
Bem legal esse blog!