Falam por aí que a crise econômica por que o mundo passa chegou à Fórmula 1. Nesta semana a montadora Honda anunciou a sua saída do circo. Isso significa menos equipes e menos patrocínios. Entretanto esta notícia não é o prenúncio de um possível agravamento da situação.
Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (fonte: www.itu.int)
A F1, o automobilismo, o esporte em geral têm uma saída. Uma não, peço desculpas. Tem algumas. Uma delas até há pouco tempo achavam que era a China. Provavelmente o seu circuito sairá do calendário por falta de público e patrocínio. O negócio da China é formar atletas e o seu politburo não agüenta sustentar eventos como este. Uma “capitalistíssima” prova de F1 não é assunto para os “comunas” chineses.
O circuito de Xangai, da F1 (fonte: www.xpb.cc)
A rica Abu Dhabi será a segunda localidade do Oriente Médio a receber o circo de Ecclestone (F1), ao lado do Bahrein. Não vai demorar para que o petróleo árabe organize uma equipe. Se a crise aumentar, serão organizadas mais corridas naquela região. Temos lá a Arábia Saudita, o Kuwait e o Omã como potenciais anfitriões. Um pouco mais a leste temos a Índia, com um incrível potencial: 300 milhões de milionários e 500 milhões de habitantes que fazem parte da classe média. Uma “scuderia” eles já têm, a Force India. Vamos um pouco agora à Ásia Central. Ao Cazaquistão, para ser mais exato. Eles querem se mostrar para o mundo. Planejaram a capital do país (Astana). Têm um time no Tour de France de ciclismo. Caso queiram os cazaques não demorarão muito para construírem um autódromo e se oferecerem à FIA para receberem uma prova.
Astana, a capital do Cazaquistão (fonte: www.baltitravel.com)
A crise não chegou à F1. Poderá até chegar, mas saídas existirão. Incerto mesmo só para os pilotos que aspiravam ocupar os lugares de Barrichello e Button na Honda.
Quando o assunto é esporte, há sempre saídas para as crises… É necessário que a FIA saiba agir cautelosamente e, então, muita coisa boa poderá ocorrer…