Não, não é o slogan antigo de uma marca de cigarros! Em sua coletiva após o jogo, Ronaldo reclamou da desorganização que foi a cerimônia de encerramento do campeonato paulista. “Microfonadas” e “fogo”, enquanto ele queria comemorar com os companheiros e a torcida.
O que aconteceu é espelho da organização da direção do futebol brasileiro. A imprensa que, competitiva e na ânsia da informação, quer ser a primeira a registrar a felicidade (ou não do atleta). Dirigentes que estão ali no campo sem motivo aparente – apenas pelos motivos deles mesmos – e, por terem influência, seus parentes e amigos estão ali também. Ridículo.
Para quem trabalha por mais bom senso na gestão do esporte, ninguém melhor que Ronaldo – um perito na questão, por tudo que conquistou e exemplos que viveu – para questionar os organizadores. Organização é questão de bom senso: respeito aos jogadores, aos torcedores, aos patrocinadores (ninguém quer ter a sua marca associada à confusão), aos veículos de comunicação (todos querem a notícia e no fim eles têm) e aos telespectadores (em um domingo com a família e amigos, também ninguém quer ver tragédia pela TV).
Disse ele ainda que não queria consertar nada ou “botar ordem”. Querendo ou não, ele botou.
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