“Uma desculpa para sermos felizes”, já dizia Jorge Valdano à altura da conquista do Mundial’86 pela Argentina.
Esta também deve ter sido a frase do Sr. Manuel Zelaya (presidente deposto refugiado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital de Honduras) e a do Sr. Roberto Micheletti (presidente interino de Honduras). Micheletti até declarou feriado escolar no país hoje, 15 de outubro, devido à classificação hondurenha para o Mundial do próximo ano na África do Sul.
É a segunda vez que Honduras vai a um Mundial. A primeira vez foi em 1982, na Espanha, e até que fizeram boa campanha. Vale dizer que o futebol não vai resolver os problemas de Honduras! Sejam eles políticos, sociais e econômicos. Pode sim conferir um sentido de patriotismo e busca por um bem comum, independente da posição política. Entretanto isso será rápido e passageiro.
Jogadores de Honduras em comemoração (oleole.com)
Convém aos representantes dos Srs. Zelaya e Micheletti aproveitarem este clima de euforia da população hondurenha – que desvia a atenção do povo para o futebol – e logo chegarem a um acordo que colocariam um fim nas questões políticas do País.
Disse uma vez Juscelino Kubitschek em 1958, quando o Brasil conquistou seu primeiro mundial: “Quando é o próximo mundial de futebol? Mudei vários Ministros e ninguém falou nada!”.
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