O esporte é talvez um dos únicos meios de manifestação das emoções, sentimentos e orientações – quer seja para o bem, quer seja para o mal -, sem haver uma condenação coletiva pela opinião pública. Quando há esta condenação, a pessoa se vale do anonimato, uma vez que age dentro de uma coletividade.
O sociólogo Marcel Mauss dizia que o esporte, sobretudo o futebol, é um fato social total. Pelas demonstrações racistas (fascistas, neonazistas ou nacionalistas) cada vez mais comuns no universo esportivo, entende-se a sociedade do País. Ameaça do desemprego, a aversão àquele que é diferente e que por isso pode ser considerado um perigo, qualquer motivo pode suscitar uma reação coletiva, estúpida e injusta.
Assim como o ‘hooliganismo’, isso não vai acabar no esporte. Poderá sim, dentro dos estádios, mas fora deles ainda vai haver, será cultivado e atinge o público que acompanha o esporte. Apenas a educação desde o berço para resolver essa questão. De nada vai adiantar campanhas que nada resolvem: apontam o problema mas não dão a solução. Ainda bem que é uma pequena parcela do público que dá o mal exemplo, conhecidos pela intolerância, só que é a parcela do péssimo exemplo.
É se é função de quem controla o esporte, protegê-lo e preservar quem o promove, o atleta, é preciso agir. Dizer ‘não’ à intolerância, é muito fácil. Agir contra a intolerância, é outra história e com poucas pessoas dispostas a encarar. Se não assumirem a situação, ela descamba, em pleno século XXI, numa era de abundante conhecimento.
O vídeo abaixo, ainda bem, é o contrário de tudo isso:
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