Não surpreende em nada o Primeiro-Ministro ucraniano propor que a seleção nacional de futebol do país boicote o Mundial FIFA 2018, que será jogado na Rússia. Os russos estão envolvidos em movimentos separatistas no leste da Ucrânia. Donetsk e sua equipe local, o Shakhtar, estão dentro dos territórios que buscam a desintegração de Kiev.
No passado, o Dínamo Kiev foi o bastião de resistência – na bola – contra a invasão dos Nazistas durante a II Grande Guerra, sob o nome FC Start. Desafiaram e venceram os alemães no campo (de futebol). Oleg Blokhin, um dos maiores e últimos ídolos do futebol soviético, era ucraniano. Ou seja, a Ucrânia já representou bastante no cenário do futebol, enquanto fazia parte da União Soviética.
Não sou a favor de boicotes, mas não vivo a realidade ucraniana. Por isso é uma das maneiras mais legítimas que eles têm para protestar. A recusa em participar de um torneio esportivo em determinado país, representa e condena publicamente a não concordância acerca um tema, motivo de constrangimento para quem recebe e organiza o evento.
Entretanto, diante do cenário sócio-político-econômico da atual Ucrânia, face a uma grande – porém frágil – força político-econômica russa, o boicote não terá maiores consequências ou embaraços.
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