Independentemente de Kaká ter sido escolhido como o melhor jogador do mundo em 2007 – alguns dirão que o prêmio foi para o Brasil, para salvar o ano –, dos três finalistas (Messi, Kaká e Cristiano Ronaldo), os três são latinos, dois falam português, jogam em grandes clubes nas três maiores ligas do planeta e são as figuras principais das marcas desportivas que os patrocinam (Messi e Kaká, adidas; Cristiano Ronaldo, Nike).
Com exceção de Cristiano Ronaldo, Messi e Kaká são latino-americanos. Um argentino e um brasileiro, respectivamente. Argentina e Brasil, 7 títulos mundiais juntos, líder e vice-líder do ranking da FIFA, onde o futebol surgiu por influência dos marinheiros e estudantes ingleses nas principais cidades destes países, como Buenos Aires e o Rio de Janeiro. Daí percebe-se o porquê de o Fluminense ser Football Club e do Newell’s possuir um nome tão inglês. Países que fizeram-se valer da mistura de etnias para abrilhantar o esporte mais popular do planeta e que assim, ganhariam o mundo (como mesmo ganharam e estão a ganhar). Em Portugal não é diferente: o futebol foi levado por marinheiros ingleses e o futebol português valeu-se do domínio colonial para variar o estilo de jogo da sua seleção e da modalidade em seu país. Levou os melhores jogadores das ex-colônias a jogar nos grandes clubes, como Eusébio e Mário Coluna, ambos de Moçambique, os mais recordados. Com o passar do tempo, mais tem-se a idéia de que Messi, Kaká e Cristiano Ronaldo estão perdendo suas identidades. Isso mesmo. A cada dia que passa Messi é menos argentino (ou nunca foi!), Kaká não é brasileiro e Cristiano Ronaldo menos português. Mesmo quando são convocados às suas respectivas seleções. Messi possui por acaso a mesma elasticidade de um Marangoni ou um Kempes (o de 78)? E Kaká? Habilidoso, sem sombra de dúvidas! Porém, incomparável a Júnior, Sócrates ou Tostão. Já Cristiano Ronaldo não é nem sombra de Eusébio ou Futre. Além disso, Messi foi completamente moldado ao estilo europeu de jogo (está na Catalunha desde os 13 anos). Não se fala tanto nele quando joga pela alvi-celeste. Kaká também não é o mesmo na seleção brasileira e Cristiano Ronaldo não é o mesmo de Manchester. Além disso, comportam-se como mandam os clubes, treinadores, agentes e patrocinadores. Afinal, são eles quem pagam. A bandeira nacional não lhes dá nada. Seria muita inocência pensar desta maneira, nos dias de hoje.
Um brasileiro, um argentino e um português, muitos pensaram quando os indicados ao melhor jogador de 2007 foram anunciados. Outros disseram: Milan, Barcelona e United, ou Bwin, Unicef e AIG. Um protestante, um católico e outro não-sei-o-quê. Houve aqueles que bradaram: adidas, adidas e Nike (eu fui um deles). O próximo ano promete. Esses três jogadores, indiscutivelmente mereceram a indicação. Pelo menos isso. Atualmente as seleções nacionais estão desprestigiadas e talvez seja esta a tendência, com exceção da realização da Copa do Mundo.
Que o jogo continue a ser jogado, em seu estado puro, imaculado. E que os atletas e os torcedores de todo o mundo sejam respeitados.
Parabéns pela Reportagem
Parabéns pelo site
está gravado nos meus favoritos esse site
vir, vou escrever uma reportagem, sobre política e copa 2014
se vc quiser, pode publicar
abraço
PS: já coloquei no correi o curriculum do nosso jogador
abraço
Vir,
É exatamente isso. Hoje o futebol, os campeonatos, inclusive a Copa do Mundo é apenas um desfile capitalista de marcas e patrocínios.
Leva o trunfo quem pode mais, e não quem já teve Maradona, Pelé, Beckenbauer, etc.