Quem não se lembra do glorioso Elia Jr. quando dizia isso nos programas da TV Bandeirantes: “…não muda de canal não, é pá e bola…até já!”. Pá e bola em dois assuntos do mundo do futebol que chamaram a atenção.
Em primeiro lugar, a carga de ingressos para torcedores visitantes. Enquanto os estádios de futebol forem lugar para a manifestação de confusões em forma de violência física e verbal, menos bilhetes para a torcida visitante. Medida cabível para a redução da violência. Um estádio, como um recinto desportivo, precisa ser visto como um espaço de convívio entre os membros de uma sociedade, como um prestador de serviços. Se o espectador paga pelo ingresso, em contrapartida ele precisa usufruir dos benefícios que um estádio pode oferecer: no Brasil, ainda poucos.
Torcida do Schalke 04 (fonte: gazprom-sport.de)
Muitos dizem que a Inglaterra acabou com os hooligans devido ao policiamento e à punição aos responsáveis. Sem dúvida que a força pública teve parte nisso. Entretanto, ninguém vê que há 20 anos as classes sociais que frequentavam os estádios Britânicos eram as “C”, “D” e “E”. Atualmente, 90% da assistência pertence às classes “A” e “B”, ou seja, houve um aumento do preço dos ingressos. O preço de assistir uma partida na Itália há 15 anos não é o mesmo que hoje, em comparação com o salário mínimo. Mas, por outro lado, o Estado dá ao torcedor transporte público até o estádio, estacionamento (se for o caso), assento marcado, coberto, além da segurança na saída.
Outros muitos dizem que a menor presença das torcidas organizadas nos estádios tiraria o brilho dos jogos. Tiraria mesmo, sem dúvida alguma! A festa, as coreografias e os cânticos. Mas a coreografia e os cânticos não enchem o bolso, e os clubes precisam arranjar maneiras de aumentarem suas receitas. A tendência é que os preços dos ingressos aumentem.
Mudando o assunto de pato para ganso, chamou a atenção a história do garoto que saiu da Guiné-Conacri (costa ocidental da África) escondido no porão de um navio para ser jogador de futebol no Brasil. Foi descoberto quando o navio parou em Salvador (BA). O que não faz um sonho com a gente!
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