Grande jogo em Montevidéu: Uruguai e Brasil. Ansiosos devem estar os deuses do futebol, afinal este choque já foi final de Copa do Mundo, em 1950.
Praça Internacional, na fronteira entre Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai) (Daniel Badra)
O Brasil não ganha lá há décadas. Vencer o Brasil vai ser uma arrancada para os uruguaios alcançarem o Mundial de 2010, depois de terem ficado de fora em 2006. Dizem todos que de um lado vai estar a raça uruguaia contra o “jogo bonito” que faz o Brasil. Na verdade os dois têm raça e “jogo bonito”.
É muito mais que isso. De um lado estarão Artigas, Schiaffino, Rivera, Gradín, Varela, Mazurkiewicz, Francescoli, Forlán e mais 3 milhões de “orientais”. Do outro estarão Caxias, Floriano, Friedenreich, Patuska, Bauer, Vargas, Jairzinho, Sócrates, Kaká e quase 200 milhões de “nortenhos”.
Dois países tão vizinhos que a sua fronteira se confunde no dialeto portunhol: “…vô ensená meus hijo igual, porque falo melhor castelhano que cualquier montevideano…y si quero falar errado, não tem problema não, nunca uso calsonsiyo por baxo dos pantalão / má quem é tu pá me dizê, como rimá, como vivê, como falá“. Tão vizinhos e tão rivais no futebol. Sadia rivalidade.
E nada melhor que o Estádio Centenário para celebrar essa coexistência, regada a mate e doce-de-leite!
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