Buenos Aires, cidade da final da Copa América, no último domingo, estava cheia de turistas. Pois bem, até aí nenhuma novidade. Mas que os turistas eram em sua maioria uruguaios e paraguaios, sim, novidade. Os dois Países fizeram a final do torneio. O Paraguai não vencia há anos e o Uruguai há algum tempo. Obviamente a proximidade dos orientais à Argentina favoreceu o deslocamento. No entanto, para além disso, é necessário ter atenção ao turismo gerado pelos eventos esportivos.
A capital argentina já não tinha mais vagas nos hotéis. Quase não havia táxis vazios, o trânsito estava sempre carregado as 24 horas do dia. Não chegou a ser caótico, mas serve de alerta para outras cidades ou Países-sede. Buenos Aires é conhecida pela extensa rede de hotéis, grande frota de táxis e metrô abrangente, mais que muitas grandes cidades brasileiras. Se isso aconteceu por lá, com Uruguai e Paraguai, que juntos não somam 10 milhões de habitantes, o que pensar em um Mundial FIFA no Brasil, com Argentina e Alemanha na final?
Fora isso, o papel da Copa América deve ir além do desportivo, comercial, mas sim político e econômico. Ficou claro que o torneio favorece o turismo e o consumo, mas a Copa América deve servir como fator de integração da América do Sul/América Latina. A fusão com a Copa Ouro, da CONCACAF (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe), será uma maneira de – além de tornar o evento mais lucrativo – aproximar os povos das 3 Américas. Com o tempo, acabaria por torná-lo um espaço comum.
Em tempo: ganhou o Uruguai porque não possui jogadores com cabelo moicano ou chuteiras coloridas. Concordo com David Coimbra. Já imaginou o Diego Perez de moicano e brinco? Que desaforo.
0 Responses to “Mercotur”