A Liga Nacional de Basquetebol dos EUA (sigla NBA em inglês) anunciou nesta semana um jogo exibição na África do Sul em agosto de 2015. Dessa maneira é rompida mais uma fronteira do esporte mundial, com um evento feito para o público genuinamente africano. Nos outros grandes eventos mundiais que aquele continente recebeu (Mundiais de rugby em 1995 e de futebol em 2010; as provas de F1; as séries de rugby sevens; mundial de clubes de futebol em 2013), o público-alvo não era o africano, mas sim mundial.
Seleção de Angola (#6 Carlos Morais) em ação
Há quem possa dizer que os grandes prêmios de automobilismo em Kyalami tinham um público-alvo majoritariamente africano. No entanto eram restritos a sul-africanos de uma elite majoritariamente branca. Desta vez, com a NBA, é. Jogos-exibição do campeonato são comuns na América Latina, Ásia, Europa e Oceania. Desde 2003 a liga norte-americana possui na África um projeto chamado “Basketball Without Borders” que já formou 60 atletas de ponta da modalidade. Na história, grandes nomes como Hakeem Olajuwon (Nigéria) e Dikembe Mutombo (Zaire/RD Congo) vieram de lá. Steve Nash, armador dos Lakers, nasceu em Joanesburgo. A isso se soma Angola, detentora do maior palmarés do basquete na África, além de ser – por razões históricas – o esporte mais popular por lá e ser o país em que o Produto Interno Bruto mais cresce no mundo.
Dikembe Mutombo (com a bola) foi um dos pioneiros da África na NBA (temporada 1993)
Ademais, a NBA precisa aumentar seu mercado consumidor. O jogo é sim capaz de atrair nigerianos, senegaleses e camaroneses com condições de se deslocarem para a África do Sul para o jogo.
Definitivamente a NBA na África é resultado certo e positivo. A África tem mercado consumidor e grande base de torcedores. Esse jogo-exibição de 2015 é o primeiro passo para vencer a desconfiança.
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