Hoje (18 de Agosto) faz 10 anos do “Jogo da Paz”, amistoso entre Brasil e Haiti, em Porto Príncipe, capital haitiana. A presença militar brasileira lá (MINUSTAH) – através da Ocupação de Forças de Paz (PKO) era recente, a fim de garantir a ordem para o bom funcionamento das instituições que sustentam o país.
Não era previsto em primeiro momento, mas na inauguração do Estádio Nacional local, a seleção brasileira de futebol viajou para a sua inauguração. Para conhecimento, o estádio fora financiado pelo governo de Taiwan, em troca de reconhecimento diplomático, ou seja, o Haiti não reconhece a República Popular da China, e sim a República da China (Ilha de Formosa/Taiwan). A voltar pro futebol e para o tal jogo: ora, uma digressão para o Haiti envolve inúmeros riscos de segurança, mas sobretudo de higiene e mesmo de contusões, uma vez que as condições de campo não eram as melhores.
Haja vista ter futebolistas com contratos profissionais de alto valor e outros compromissos, viajar para o Haiti em um meio de semana (o jogo foi em uma quarta-feira) é altamente arriscado. A utilização do jogo para a promoção das Forças de Paz do Brasil e da Política Externa Brasileira é evidente. Fim de partida: Brasil 6 x 0 Haiti. A presença militar brasileira por lá já dura mais de 10 anos e o Haiti há muito não passava por longos períodos de estabilidade política dentro de um período democrático. O jogo não permitiu medir esses dados, mas a aceitação das tropas do Brasil passou a ser maior depois daquele 18 de Agosto de 2004.
Foi uma excelente ideia!
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