Beckenbauer. Platini. Leonardo. Hortência. Marcus Vinicius Freire. Nuzman. Em comum, todos eles são gestores esportivos. Todos possuem um compromisso com a organização esportiva que representam, todos possuem uma formação e, ex-atletas ou não, são os que mais trabalham e menos saltam aos olhos da imprensa quando o assunto é a política do esporte. Claro. O negócio deles é o esporte, é trabalho. Não é política.
Quando falamos da política no esporte, lembramo-nos de, por exemplo, Romário, cujo mandato se baseia no ataque a Ricardo Teixeira, que recentemente renunciou à presidência da CBF. Para chamar a atenção, nada melhor do que bater de frente com uma pessoa com alto índice de rejeição. No entanto, projetos para o esporte, de autoria do Deputado Romário, não chegam ao grande público.
Ronaldo, o ‘Fenômeno’, declarou sobre a possibilidade de presidir a CBF. Muitos poderão achar que ele resolverá os problemas do futebol brasileiro. Alguns outros desejam que um ex-atleta deva ser o Ministro dos Esportes. Ora, se estes cargos são apenas figurativos, nenhum problema. Entretanto, são postos executivos, necessitam formação e dedicação integral de seus ocupantes. Se estiverem preparados para desempenhar tais funções, será ótimo. Caso contrário, a falta de iniciativa, método e execução, comuns no esporte brasileiro, continuarão como sempre foram.
A reação de conhecidos ex-atletas como Ronaldo ‘Fenômeno’, Romário, dentre outros, pode ser considerado um ataque da classe à lacuna deixada com a renúncia de Ricardo Teixeira, que culmina agora com o grave estado de saúde de seu ex-sogro, João Havelange.
Por outro lado é uma chance para o gestor esportivo em mostrar que uma estrutura profissional, com base nos resultados financeiros e esportivos (não apenas esportivos) são o caminho para o sucesso do esporte no Brasil dentro e fora de campo. A cada dia surgem mais exemplos que evidenciam isso: o rúgbi brasileiro, o Red Bull Brasil, os Audax (SP e RJ), o judô e o vôlei nacionais. Há a chance de o gestor esportivo desenvolver um contra-ataque em benefício exclusivo de quem faz o espetáculo (atleta) e de quem o consome (torcedor).
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