O drop de Wilkinson ao final do segundo tempo da prorrogação da final da Copa do Mundo de 2003.
O gol de Romarinho em uma La Bombonera repleta.
O gol de Gabiru pelo SC Internacional, contra um Barcelona tido como imbatível, em 2006.
Instantes que consagram ídolos. Que distinguem os herois das pessoas comuns, que correm o risco da desonra pública por algo maior. E conseguem. Essas pessoas cujas origens (social, política e econômica) são as mais desfavoráveis. A ascensão social no menor espaço de tempo e imprevisibilidade, tornando-os espelhos para uma juventude inteira. Eles provocam tensão, espelham o conflito, representam a ansiedade. A evidente meritocracia: talvez o esporte (algumas modalidades, pelo menos) seja um dos poucos ambientes em que mesmo o melhor faz parte das seleções nacionais, das equipes, ou seja, se alguém faz parte de uma elite, é porque merece.
O gol de Viola na decisão do Paulista de 1988.
O gol de Maurício, pelo Botafogo, na decisão do Carioca de 1989.
A cesta de Belov, nos centésimos de segundos finais da decisão Olímpica de 1972.
abaixo, o drop de Wilkinson, na final do Mundial de rúgbi de 2003:
Foto: a cesta de Belov na decisão do basquete nos Jogos Olímpicos de 1972
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