A Grécia foi sede dos Jogos Olímpicos de 2004, Portugal foi anfitrião do EURO’2004. Nos diários econômicos os dois Países são muito comentados em função da instabilidade financeira e capacidade produtiva. É alto o risco de investimento nessas nações, há fuga de capitais, há alta dos impostos, não há geração de empregos e a dívida pública é crescente. A Irlanda passou pelo mesmo processo recentemente. Paga-se o preço de cumprir os requisitos de fazer parte da União Europeia. Oras, as economias grega e portuguesa não são a italiana, a alemã, a inglesa, holandesa ou espanhola.
E então, o que os eventos esportivos citados na primeira linha deste texto têm a ver com a situação econômica atual dos dois Países? Os gastos públicos que eles tiveram para recebê-los. As Olimpíadas de Atenas foram deficitárias e em termos de público e turismo, não foi um sucesso. Até hoje os portugueses buscam pelo legado deixado pelo Europeu de futebol. Deixaram mesmo estádios vazios e insustentáveis, com exceção dos dois de Lisboa, o do Porto, o de Braga e o de Guimarães. Aveiro, Faro, Leiria e Coimbra, por exemplo, estão sem solução. Quem sustenta todas estas obras é o poder público. Quem fornece os recursos ao poder público, é a população. Logo, o povo é quem mantém tudo isso. Se não há um ciclo de rendimentos (emprego-renda-consumo-mais emprego), a economia não cresce. Uma hora ou outra, “a bolha explode”. É o que está por acontecer em Atenas.
Devemos ficar – muito – de olho nisso, haja vista que o Brasil receberá grandes eventos esportivos e há urgência nas obras públicas para poder atender a grande demanda que haverá. O Parlamento Brasileiro já faz as suas podres manobras para acelerar o processo. Montréal (Canadá) foi sede das Olimpíadas de verão em 1976. Apenas em2007 adívida dos Jogos foi quitada de maneira integral.
Façamos diferente, com responsabilidade. Não se pode deixar a população vulnerável à instabilidade.
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