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Rugby além do Óbvio

Esses dias meu irmão perguntava sobre o motivo dos recentes conflitos entre quirguizes e uzbeques. Não soube no momento responder, por falta de informações. Levando em linha de conta que a tensão dá-se na cidade quirguiz de Osh, procurei levantar algumas hipóteses, sem saber dos motivos dos enfrentamentos.

Ora, o Quirguistão não é rico em recursos naturais; 15% do solo do País é arável, ou seja, não têm coisa alguma e brigam por nada, salvo se os motivos forem questões de trabalho, como a empregabilidade, em outras palavras, por coisas que os uzbeques se submetem a fazer que os quirguizes não fazem, a roubarem os seus postos de trabalho.

Se diversos motivos distanciam estas duas etnias, o Rugby é capaz de unir. E justamente para difundir os valores do Rugby, de respeito, camaradagem, entre outros, que as seleções nacionais dos dois Países realizaram uma grande partida em Bishkek, capital do Quirguistão. O jogo foi em 2008 e o resultado não interessa, mas este conflito étnico ocorre com muita frequência desde o fim da União Soviética (1991). Portanto, como mostra a foto abaixo, o Rugby mostra que é capaz de – pelo menos durante 80 minutos mais o tempo do terceiro tempo – aproximar os dois povos.

Quirguistão x Uzbequistão - Bishkek, 2008 - Fonte: IRB

Quirguistão x Uzbequistão - Bishkek, 2008 - Fonte: IRB

A Energia da Copa

Interessante o e-mail que o Biá (o mesmo do ranking Brasileiro de clubes de futebol e futuro avô de um(a) lindo(a) polaco(a)-brasileiro(a)) me enviou ontem.

O gráfico abaixo mede o consumo de energia elétrica no Brasil nos dias dos jogos Brasil-Croácia (13 Jun 2006) e Brasil-Japão (22 Jun 2006). Realmente o País para (já sem o acento por conta do acordo ortográfico), com uma acentuada queda assim que começa o jogo. Ao intervalo, o consumo tem um ligeiro aumento, que volta a cair na segunda parte do jogo. Finalizada a partida, o consumo de energia volta a aumentar, mas ainda fica abaixo do normal. Confira o gráfico:

Consumo de Energia Elétrica no Brasil - Copa 2006 - Jogos 1 e 3 (xCroácia e xJapão, respectivamente). Fonte: José Antônio "Biá" Biasetti

Consumo de Energia Elétrica no Brasil - Copa 2006 - Jogos 1 e 3 (xCroácia e xJapão, respectivamente). Fonte: José Antônio "Biá" Biasetti

Hipóteses para o ligeiro aumento do consumo de energia ao intervalo:

– As pessoas preparam um lanche ou precisam de um “reabastecimento de cerveja” e para isso precisam abrir geladeiras, frigoríficos, acender fogões, usar microondas, preparar cafeteiras ou usar as máquinas de café;

– As pessoas voltam a ligar o computador para realizar algum trabalho nestes 15 minutos de intervalo.

O consumo de energia ao fim do jogo volta a elevar-se porque as pessoas certamente voltaram às suas atividades normais. Entretanto há aquelas que ficaram em casa ou que mantiveram as atividades enquanto viam o jogo, ou seja, acabaram por ficar sem fazer nada, ou, no mínimo, assistindo TV. Por isso o consumo não volta ao dos dias típicos, no mesmo horário.

Eis o que faz a Copa do Mundo para o consumo de energia do País. Todavia estes resultados apresentados podem variar de acordo com o fuso horário em relação ao País em que acontece a partida.

Jabulani reclama de maus tratos

Em conferência de imprensa realizada hoje pela manhã no Ball Hall, em Joanesburgo, África do Sul, o sindicato das bolas dos mundiais de futebol expressou em comunicado oficial o descontentamento com o tratamento que tem sido feito aos esféricos neste Mundial de futebol FIFA.

Estiveram presentes a veteraníssima Telstar, a Telstar Durlast, a Tango Rosario, a Tango España, a Azteca, a Etrusco, a Questra, a Tricolore, a Fevernova, a Teamgeist e a própria Jabulani. A bola porta-voz, a Jabulani, disse que sentiu-se como uma bomba da guerra civil iugoslava nos jogos da Eslovênia contra a Argélia e em Sérvia x Gana. A bola também não gostou da indiferença com relação a ela no jogo França x Uruguai: “não me viram…”. Inclusive está com crise existencial: “…estive neste jogo?”. “Cansei de ser buscada nas bancadas”, disse a bola.

Tadinha.

O sindicato das bolas disse que se medidas não forem levadas a cabo a fim de tratarem-nas com estima, tomará sérias providências. Os atletas reclamaram muito dela antes desta Copa do Mundo, enquanto que na verdade percebe-se que é ela que deve reclamar dos jogadores.

Parabéns à FEA, campeã do InterUSP’2010 no Rugby!!! Campanha: 13 x 0 Med/Pinheiros; 6 x 3 Med/RP; 15 x 0 Farmácia! Dá-lhe FEA!!!

Reclamam da bola da Copa, a Jabulani, da adidas. Na verdade não vejo nada incomum: ela é redonda igual as outras e sempre beija a rede quando feito um bom trabalho!

Pré-Conceitos

Infeliz – em um adjetivo mais elegante – a matéria da Veja desta semana sobre o Rugby. Tentaram denegrir a modalidade, fizeram afirmações sem fundamento, expuseram conclusões sem conhecerem o esporte e os verdadeiros esforços de quem joga e de quem dirige a modalidade no País.

Se foi esta a intenção desta revista, não conseguiram. Os responsáveis pela matéria não conhecem o Rugby e os valores que transmite. Não conhecem os seus praticantes e o amor com que eles jogam. Claro, leitor, muitos podem dizer: “em situações como estas, só amor não adianta, só amor não leva isso para frente”.

Muito felizmente há os que acreditam, há aqueles que são levados pelo lema que o “coração manda” e seguem em frente. Por conta deles, hoje o Rugby não é mais militância no País. Este blog é capaz de mostrar isso. O Rugby é a cada dia mais levado a sério e cresce ano a ano. Um motivo ou outro no passado fez com que ele não fosse tão popular quanto outras modalidades. Se for feita uma analogia à matéria da Veja, o futebol Brasileiro até os anos 1930 do século passado acumulava péssimos resultados internacionais. Outras modalidades também têm atletas que precisam conciliar o esporte com a vida profissional. Não se trata apenas do Rugby.

Aliás, se uma matéria como esta é publicada, é porque o Rugby está fazendo barulho e infelizmente a sociedade tem pré-conceitos deste esporte. Pré-conceitos concebidos por um meio de comunicação, de circulação nacional e formador de opinião pública pode, no mínimo, conduzir a população a ter uma visão e opinião limitada e restrita sobre o mundo e as inovações que podem ser benéficas a ela própria. Em longo prazo, significa o atraso e não-desenvolvimento de um País.

E o compromisso de todo meio de comunicação é servir e contribuir para o crescimento do País. O que a revista escreveu, serve de alento para seguir em frente. De resto mandou bem mal, Veja.

Garotas praticantes de Rugby - RFU/Inglaterra

Garotas praticantes de Rugby - RFU/Inglaterra

Sugestão de frase para o ônibus/autocarro da Seleção Brasileira:
“Proibido aves”.

Projetos, Resultados e Vice-Versa II

Já diz o Prof Dr Gustavo Pires, da Faculdade de Motricidade Humana: “Infelizmente, em desporto, muitas vezes são os resultados que dão origem aos projetos e não os projetos que dão origem aos resultados.”

O que tem acontecido ao Rugby Brasileiro encaixa-se nestas poucas vezes (e não nas muitas) a que o Professor se refere. Nos dois primeiros jogos da Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano que está acontecendo no Chile, o Brasil foi derrotado por 26 a 10 e 31 a 08 para Uruguai e Chile, respectivamente. No mesmo torneio, no ano passado, o Brasil perdera por 71-03 e 79-03 para as mesmas seleções.

Desempenho 2009: 150 pontos sofridos; 6 pontos marcados

Desempenho 2010:  57 pontos sofridos; 18 pontos marcados

O Brasil diminuiu em aproximadamente 3x o número de pontos sofridos, quase 100 pontos; aumentou em 3x o número de pontos marcados.

Estes números representam um resultado, claro. Na verdade, o resultado de um projeto que ainda terá muito pela frente, para fazer o Rugby grande no Brasil.

Quando a Montanha vai a Maomé

Muito se fala em como no Brasil a imprensa ignora os “naming rights”, seja ele na cultura ou no esporte. Se a empresa quer ter o seu nome falado, tem que fazer um anúncio na mídia. Em vez de o veículo procurar o anunciante, por conta disso é o anunciante que procura o veículo.

O Banco Santander patrocina a Copa Santander Libertadores, mas muitos meios de comunicação no Brasil não dizem o nome completo do torneio, justamente por não divulgarem suas marcas em seus meios. Dessa maneira as empresas começaram a agir e trabalhar com a ativação do patrocínio, para o nome poder ser dito pelos meios de comunicação.

Ativação do Banco Santander na Copa Santander Libertadores 2010 - L! 14 Mai 2010

Ativação do Banco Santander na Copa Santander Libertadores 2010 - L! 14 Mai 2010

Exemplo disso é o diário Lance! de hoje, que conta com um anúncio do Banco Santander, como o da foto acima. Também já tomaram semelhante iniciativa no Canal Bandsports. 

Tudo isso demanda um grande investimento, certamente. Entretanto a posição e reconhecimento da marca vão se tornar maiores.

Análise da Lista para o Mundial

Faltou apenas Dunga chamar Douglas Richard, do XV. O Brasil teria mais chances com ele.