Archive for the 'Opinião' Category



Bom Senso

O post vai tratar do movimento de atletas profissionais do futebol por melhores condições de trabalho. Exatamente, melhores condições de trabalho. Os que jogam em clubes grandes, são servidos de um excelente centro de treinamento e possuem diversos benefícios, esses são uma pequena minoria. E esta é uma realidade muito distante para a maior parte dos futebolistas.

O calendário do futebol nacional é desumano para a maioria e para a minoria. Os atletas ficam longe da família, longe de casa boa parte do ano. Só isso é capaz de deixar qualquer ser humano sem cabeça para trabalhar, para produzir, para render. Consequentemente isso afeta os jogos e os estádios podem esvaziar. Se os jogos ficam prejudicados, diminui o interesse da TV porque diminui a audiência. É uma bola de neve. Viagens – mesmo para lugares bacanas -, hotel – mesmo os melhores do mundo -, concentração – mesmo com tudo à mão -, tudo isso desgasta.

A CLT (código de leis trabalhistas) existe desde os anos 1940, com o ex-Presidente Vargas. Mas não se aplica ao esporte, sobretudo ao futebol, em benefício de interesses políticos e econômicos. Atletas precisam de 30 dias e até mais. Podem dizer que ficarão muitos dias sem futebol, sem espetáculo esportivo. É aí que podem surgir oportunidades como eventos corporativos, congressos, a interação Academia (Universidade) e o esporte, outros tipos de espetáculo que envolvem o jogo de uma outra maneira que facilita o atleta em cumprir compromissos extra-campo e potencializar a imagem dele enquanto ídolo. Haja vista que o ídolo é a representação do ideal ético e estético, o que nos faz aproximar ainda mais do esporte.

Atleta tem família e a profissão dele é profissão, assim como a de todos.

Não perca todas as sextas, às 13h ‘Estação Rugby Clube’ pela REW Rádio Estação Web – radioestacaoweb.com.br

Conspira e Expira

Tem comentarista que diz que o Corinthians é uma equipe sem alma! Há algumas semanas estava com a bola toda, subindo na tabela. Há momentos e momentos. Inúmeros fatores extra-campo interferem no alto-rendimento.

E que Mano Menezes saiu do Flamengo pra assumir o clube paulista. Outros já falam que o treinador estava incomodado com as condições de trabalho.

Acredita-se no que? Em nada, deixa acontecer. Melhor.

Transpiração Conspirante

Ou conspiração transpirante?

Damiani (presidente do Peñarol) e Francescoli (maior jogador do Uruguai nos anos 80 e 90) juntos, com Sanchez (ex-presidente do Corinthians), Chilavert, Romário, Maradona e Ruggeri, contra a entidade máxima do futebol sul-americano (CONMEBOL).

Inspirem.

Transpiram feito loucos para conspirar contra uma federação continental que faz um desserviço ao esporte. A conspiração será um serviço! O presidente da CONMEBOL é uruguaio, Eugenio Figueredo. A Full Play, que entrou no lugar da Traffic, sobre os direitos comerciais dos torneios da entidade, tem sede também no Uruguai.

Expirem.

A saber: Damiani/Francescoli x Figueredo. O Uruguai é pequeno, todos se conhecem.

Aí tem coisa.

Pitacos

Dias atrás assistia um programa da CNN com o Richard Quest (aquele que tem uma voz que lembra a do Pato Donald). Era um programa de economia. Ora, esporte também faz parte da economia e altera PIBs. Perguntava-se – na opinião dele – do absurdo de o Real Madri ter contratado um atleta (Bale) por centenas de milhões de dólares, enquanto 56% dos jovens espanhóis estão desempregados.

Não importa. Esporte de alto-rendimento é resultado. Se julgaram que Bale pode trazer resultados, contrataram. E a cobrança será proporcional ao investimento. Mais resultados, mais pessoas comprando a camisa dele, vendo jogos e comprando pay-per-view.

Já dizia Gustavo Pires: fair-play é treta!

bombMais uma: basquetebol masculino brasileiro em crise. De um lado, o treinador. Do outro, os principais atletas do país, que atuam em grandes ligas pelo mundo. Os dois lados se acusam. Muitos lados darão opiniões. Não há o que opinar. Não sabemos o que acontece nos bastidores. Se descobrirmos, que se escutem os dois lados da história.

Perda de tempo tudo isso. A opinião pública está ao lado dos ídolos, não do treinador. Ainda mais ele sendo estrangeiro. Treta.

Que apaguem esse incêndio logo e abafem esse caso pelo menos.

Populices

O São Paulo colocou parte bilhetes para os  jogos em casa, de hoje até a rodada final do Campeonato Brasileiro, a menos de dez reais. Os mais caros também abaixaram bastante. O clube tem a quinta pior assistência média e corre o risco de serem relegados a um escalão inferior do futebol nacional. Vive uma turbulência nos bastidores. Precisam de renda imediata, público e popularidade para os principais gestores da instituição.

ditadores

Medidas que lembram as dos grandes populistas, como Fidel Castro (Cuba), Kim Jong-Un (Coreia do Norte) e Hugo Chávez (Venezuela), que em meio a desmandos e ingerência, tomam(ram) decisões para conquistar a simpatia do povo. Pode-se estender isso ao atual presidente do clube de futebol, o 4º da montagem acima.

Como disse um amigo há uns meses, o São Paulo nunca se pareceu tanto com o Corinthians. E o Corinthians nunca se pareceu tanto com o São Paulo.

Esporte e Política

castroO que faz um político utilizar equipamentos esportivos? Tudo o que o esporte representa: juventude, vanguarda, abertura, diálogo, dinamismo, visão, esforço, luta, humildade, transparência, e pelo esporte ser popular, ao alcance de todos. Bons valores que o esporte dissemina e que, por associação, pelo dirigente utilizá-lo, diretamente podem ser relacionados à pessoa.

Fidel Castro faz isso, seja com adidas, Nike ou Puma, como na montagem. O portuguêsSocrates2 José Sócrates também, em foto de 2007. Mostrar ao mundo um Portugal eficiente, jovem e pujante. Vejamos a Venezuela. É notória a evolução do futebol venezuelano. Recentemente classificou-se a um mundial júnior. A seleção principal chegou às semifinais da Copa América de 2011 e a chance de se classificarem ao Mundial FIFA Brasil 2014 é alta. Vejam, portanto, o que o futebol representa hoje para os venezuelanos: resultado e excelência, o que o povo quer. Ao vestir algo relacionado Henrique Caprilesà ‘vinotinto’, mandatários e candidatos ‘adquirem’ esses atributos. O opositor Henrique Capriles utilizou jaqueta da Federação Venezuelana de Futebol durante a campanha presidencial após a morte do ex-presidente Hugo Chávez. Nicolás Maduro, chavista, preferiu modelo mais popular, mas com o passar do tempo, vestiu adidas. Há sim um porquê nisso, e é o da imagem associada.

maduroÉ uma questão bastante delicada porque não há como controlar esse uso. Uma política de Estado mal conduzida pode conferir valor negativo à marca. Esporte é política e vice-versa, até na roupa.

Produto Bem Alemão

#350

bundesliga2Sem abusos ou absurdos. É o melhor produto esportivo alemão e, como se sabe, cumpre com os requisitos de todos os produtos que vêm de lá: qualidade, excelência e harmonia. Esta última característica é a que mais dita o crescimento da liga de futebol local, a ‘Bundesliga’ (Liga Nacional).

O futebol alemão é transmitido no Brasil desde 1992, mas em função de políticas fiscais e bundesligadesportivas rigorosas, que dão preferência ao atleta, à associação e ao torcedor (os pilares do esporte), o seu crescimento foi devagar, mas constante. Hoje é um dos torneios mais interessantes, que combinam desempenho, espetáculo e competitividade, acessível a todos os tipos de público. É esta a harmonia a que me referi no parágrafo anterior. Diferentemente das outras ligas que existem pela Europa, como a Inglesa, Espanhola, Italiana ou Portuguesa (todas com poucos clubes de ponta). Doa a quem doer, produtos semelhantes só o Campeonato Brasileiro, o Argentino e o dos Estados Unidos (MLS).

A Bundesliga tem conquistado vários mercados e no Brasil cresce bastante. Logo terão que traduzir seu portal da internet para o Brasileiro. Como se vê na foto reproduzida, está disponível nos idiomas inglês, polonês e japonês. Vale a pena conferir, é um torneio muito bom, dentro e fora de campo. Começa neste sábado (10).

 

Procuram-se Jogadores

Estamos a praticamente três anos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. A participação do Brasil ainda não foi confirmada no Sevens, para isso, é preciso resultado, que deve ser imediato. Não serão formados jogadores em três anos, tampouco dada a competitividade necessária para os que sobem de categoria.

tiosamA busca por jogadores não compromete o desenvolvimento do rugby nacional. Claro que o país é grande e há muitos talentos ainda desconhecidos ou que precisam ser lapidados. No entanto, o alto-rendimento é resultado, não é filantropia. O alto-rendimento da entidade de administração do esporte necessita de investimentos, precisa dar resposta (resultados financeiros e esportivos) a esses investimentos, além de garantir seus objetivos econômicos, financeiros e políticos.

Ademais, no recrutamento de estrangeiros – com alguma origem brasileira ou não -, que despontam no mundo do rugby afora, seria um desperdício limitá-los às seleções nacionais. Eles podem ser inseridos em grandes equipes da Europa ou do eixo África do Sul-Austrália-Nova Zelândia para tornarem-se grandes ídolos nacionais, ou distribuídos nas equipes daqui e, dessa forma, contribuírem para o desenvolvimento. Aqueles que defenderam as seleções nacionais por anos e ainda defendem, atravessam por essa fase de transição, ‘roeram o osso’ por muito tempo, podem vir a ser aqueles que mais se descontentarão com essa política. A ver.

O Rugby é paixão, disciplina, respeito, solidariedade e integridade. É – como todo esporte que é ou quer ser profissional – também resultado, dentro e fora de campo.

Final em Campo Neutro

A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) estuda a possibilidade de realizar a final da Copa Bridgestone Libertadores em jogo único, em campo neutro, a exemplo da Liga dos Campeões da Europa.

Sede da CONMEBOL, em Assunção

Sede da CONMEBOL, em Assunção

Boa iniciativa, em parte. De um lado, ganha em competitividade (exclui o fator casa e aumenta a incerteza), praticidade, produto, reduz especulações e polêmicas, como sempre são marcadas as decisões de torneios como este. Por outro, caso a Confederação levasse a decisão para países como os EUA, México ou Venezuela (onde o futebol não atrai tanto as multidões como o beisebol), prestaria um desserviço ao futebol da América do Sul. Deslocamento de torcedores, fuso horário para a transmissão via satélite e concorrência com outros esportes, ou com o futebol local, não potencializariam a partida. No Cone Sul, deslocamento não é problema. Se fosse, os atleticanos não compareceriam em peso aos jogos fora de casa na Libertadores 2013; ou os corintianos não seriam 35 mil em Yokohama, em 2012.

Talvez realizar a final em jogo único agora não seja a solução. No entanto, a maneira atual não é a melhor. Por isso essa mudança é apenas questão de meses. Caso façam isso, que controlem-na restringindo as decisões para países onde o deslocamento é descomplicado e o fuso horário, aliviado.

Brasiguaias II

Pelas autoridades paraguaias provarem que o estádios ‘Defensores del Chaco’ não tem capacidade mínima de 40 mil pessoas, os brasileiros querem que o jogo da volta em Belo Horizonte seja no estádio ‘Independência’, menor que a alternativa, o ‘Mineirão’. Justo.

Mais uma vez o regulamento da competição presta um desserviço ao esporte. Antes conforto e segurança do que absurdos. Claro que o Mineirão cumpre quesitos de conforto e segurança. No entanto o Independência em cumprimento com o Estatuto do Torcedor, também. Antes qualidade do que quantidade em busca de um resultado financeiro maior. O mesmo aconteceu na final da Santander Libertadores de 2005 quando o Clube Atlético Paranaense teve que mandar o jogo de ida a 800 quilômetros de casa. Talvez mudasse o resultado da partida, mas o título de longe não seria deles.

E outra: final com clube paraguaio sem um jogo ser no Defensores, não é final de Libertadores.

Mais outra Brasiguaia, mas essa ‘guaia’ é uruguaia: 16 de Julho de 2013, 63 anos do 1º vice-campeonato mundial do Brasil no futebol.

Fiquem com o quiz: